Anotações sobre o Futuro – Futurismo

O que esperar do futuro? Para onde estamos caminhando? Aonde a tecnologia vai nos levar?  O que esperar das relações humanas?

 

Nasci em maio de 1955. Na adolescência, por volta dos anos 70, as conversas na “turminha” giravam em torno do futuro. Naquela época, passava na televisão a série futurista Os Jetsons. Um desenho animado para televisão produzida pela Hanna-Barbera, exibida  originalmente entre 1962 e 1963. No Brasil foi exibido pela antiga TV Excelsior, até meados de 1987. Nela, falava-se de robôs, casas flutuantes, carros aéreos, telecomunicações em som e imagem, além de inúmeras outras questões sobre relacionamentos, trabalho, tecnologia, educação etc. Para uns, era pura fantasia, para outros, alucinação. Mas sempre haviam aqueles que “juravam de pés juntos” que tudo aquilo seria possível. Era só esperar o ano 2000.

Pois bem, o ano 2000 chegou e muito daquilo que víamos nos Jetsons não se concretizou. Por outro lado, coisas impensáveis tornaram-se reais, embora as provocações daquele desenho continuem a nos desafiar. Por que não? É essa pergunta que, hoje, nos impulsiona ao futuro. A velocidade da criação tecnológica e a obsolescência das coisas estão produzindo um mundo bem mais avançado do que os Jetsons poderiam supor, e a reflexão filosófica presente nos primeiros vinte anos do século XXI segue o mesmo caminho. Agora sim, tudo é uma questão de tempo.

Essa é a grande questão da filosofia em tempos do terceiro milênio. Vou apresentá-la em dois grandes eixos. No primeiro eixo, discorro sobre o que a tecnologia está fazendo com a humanidade e como está fazendo isso. Assim sendo, o que esperar de um futuro próximo? No segundo eixo, discorro sobre como a humanidade está se relacionando com seus próprios valores num mundo tecnologicamente veloz e os impactos dessa relação no modo como as pessoas estão vivendo.

SEGUINDO NESSE SENTIDO, VAMOS AO PRIMEIRO EIXO.

Começo lhes apresentando alguns dados que venho coletando nos últimos dez anos. A população mundial, hoje, ultrapassa sete bilhões de pessoas; 20% dessas pessoas estão na China, 17% estão na Índia. Juntos, esses dois países têm mais de 1/3 da população mundial. Se considerarmos os 16% mais qualificados da Índia, veremos que há mais pessoas qualificadas (mestres e doutores) na Índia do que o total da população brasileira em 2018. Esse dado cria um grande desafio para os estudantes no Brasil, impacta as políticas públicas no mundo e nos desafia resolver questões básicas como a própria sobrevivência da espécie no planeta. Temas como preservação da vida, igualdade de oportunidades, fronteiras nacionais, ideologia de gênero, lixo, poluição, segurança energética, alimentar e ecológica estão na pauta.

Mas, a coisa é bem mais séria do que parece. Enquanto você está lendo esse capítulo, 30 bebês nasceram no Brasil, 244 na China, 351 na Índia, fora os que estão sendo feitos agora. Isso não só juveniliza a população como incrementa a quebra de paradigmas. Cada vez se viverá mais, se consumirá mais, mais coisas serão necessárias em todos os domínios do viver humano. A produção de coisas necessárias é ilimitada? O planeta sustentará todos? Sairemos daqui para conquistar outros espaços na galáxia? A reflexão vai ficando complexa.

No início do século XX, a Inglaterra era o país mais rico do mundo, com o maior exército. Era o centro mundial de negócios e finanças, possuía o melhor sistema de educação, era líder em inovação e desenvolvimento tecnológico e social, detinha o melhor conceito de valor mundial e melhor padrão de vida. Hoje, isso já não é mais verdade e várias outras nações emergiram e estão emergindo e ameaçando a atual estrutura do poder mundial. Só para se ter uma ideia, em breve, a China será o país que mais falará inglês no mundo.

Nos USA, dados de 2017, mais da metade dos profissionais trabalha há menos de cinco anos na mesma empresa. Além disso, somente 25% desses profissionais permanecem na mesma empresa por mais de um ano. A juvenilização das profissões e o empreendedorismo estão modificando a noção de trabalho. Conversas sobre “estabilidade” no emprego só são mantidas em países subdesenvolvidos e por pessoas alheias ao grande cenário mundial.

Segundo a ONU, os estudantes de hoje, com 20 anos, passarão por 10 a 14 empregos antes de chegarem aos 38 anos de idade. Nos países desenvolvidos, a ideia de emprego fixo está cada vez mais fora da agenda dos jovens. Isso porque muitas das profissões indispensáveis em 2025, não existiam em 2010. O impacto disso na educação ainda é pouco percebido pelo sistema convencional de ensino. Ou seja, estamos preparando profissionais para profissões que ainda não existem e que usarão tecnologias que ainda não foram inventadas, para resolver problemas que ainda não sabemos que teremos.

Estamos usando a internet e os smartphones para tudo na vida. Tanto é que a frase que emoldura o pensamento estratégico e filosófico, hoje, é: o que não couber na sua mão, não terá lugar no futuro. Tudo está sendo feito através dos nossos smartphones e já se discute se eles serão mesmo necessários daqui a alguns poucos anos. Por enquanto, você está resolvendo tudo com eles: contrata transporte, aluga apartamentos, compra passagens e coisas no supermercado, resolve problemas bancários, certifica-se de sua saúde, reúne-se com pessoas que estão a milhares de quilômetros distantes, pede comida e faz ginástica. Pois bem, você já entendeu o contexto. A lista de possibilidades é infinita.

Mais alguns dados. Em 2012, nos USA, um em cada oito casais se conheceu e se casou a partir de sites de relacionamento. As operações financeiras feitas pela rede mundial de computadores são hoje mais volumosas que as operações convencionais, o que coloca em xeque a necessidade de se ter “agências bancárias” e muito menos “papel-moeda”, aquilo que chamamos de dinheiro. Tudo o que é socialmente vital está sendo gerido e controlado pela internet, de forma remota e a um custo cada vez mais baixo.

Nos últimos cinco anos, mais de 120 milhões de usuários se registraram nas mídias sociais, e só no Facebook são mais de cem milhões. Se o Face fosse um país, ele estaria entre os “Top Ten” do planeta, maior que a maioria dos países europeus. O Google responde a mais de 2,7 bilhões de perguntas por mês; ou seja, 3.750.000 perguntas por hora. Para quem fazíamos essas perguntas antes?

A quantidade de mensagens enviadas diariamente ultrapassa a quantidade de pessoas do planeta. Além disso, hoje existem cerca de 380.000 palavras e expressões novas em português que não existiam na época de Camões. Mais de 4.000 livros novos são publicados diariamente e, em sua maioria, feita por meio digital, o que coloca em xeque o modelo de negócios da indústria gráfica e a disseminação de informação.

Por outro lado, a quantidade de informação gerada somente este ano é maior do que toda a informação acumulada nos últimos 5.000 anos, além do fato de que tal quantidade dobra a cada 18 meses. Isso significa que o que se aprende no primeiro ano da faculdade estará desatualizado no terceiro ano. Além do mais, muitas profissões, atualmente ativas, vão ser inúteis dentro de 25 anos. A seguir, apresento-lhes parte da lista resultante de uma pesquisa feita na Universidade de Oxford, Inglaterra, em 2013, sobre os percentuais de risco que algumas profissões têm de serem extintas:

1. Operadores de telemarketing, corretores, etc – 96%
2. Árbitros em geral – 97%
3. Caixas, chefs, garçons – 94%
4. Assistentes jurídicos – 92%
5. Motoristas – 98%
6. Guias de turismo – 91%
7. Veterinários – 86%
8. Artesãos (carpinteiros, serralheiros, etc) – 76%
9. Engenheiros e arquitetos – 78%
10. Médicos generalistas – 75%
11. Profissões ligadas a artes – 40%
12. Advogados – 70%

A informação em meio físico está em franco declínio porque os meios digitais superam todas as mídias tradicionais fazendo com que o modelo de negócio da indústria da comunicação entre em crise profunda e em colapso nos próximos anos. É o fenômeno da “crônica da morte anunciada” para esse setor. Basta ver o que está acontecendo com jornais impressos, canais abertos de TV e a indústria fonográfica. O fato é que cada vez menos pessoas compram jornais, assistem a TV aberta convencional, compram mídias de música. Imprimir foto? Nem pensar. Isso significa que as coisas no mundo virtual serão cada vez melhores, mais baratas e mais acessíveis do que no mundo “real”, e se atualizarão mais rapidamente.

Depois de ser inventada, a eletricidade demorou 46 anos para ser adotada por, pelo menos, 25% da população americana. Foram necessários 35 anos para se adotar o telefone, 31 para o rádio, 26 para a televisão, 16 para o computador, 13 para o celular e 7 para a internet. Isso significa que as pessoas estão incorporando, cada vez mais rápido, as inovações e as tecnologias que estão sendo produzidas. Por outro lado, tais inovações não são feitas mais em “ilhas de excelência” mundo afora. São resultados de ações integradoras de diversos setores atuando juntos, cada vez mais quebrando os paradigmas que compõem a vida.

Negócios de “garagem”, conforme cita Mauricio Bevenutti, substituem grandes corporações. A Apple mudou não só o negócio de celulares e computadores, mas também o de lanternas, relógios de pulso, despertadores, fotografia e música. Se quer saber mais, é só se informar sobre o que aconteceu com a Kodak. Por outro lado, apenas a título de história, quando Thomas Edison inventou a lâmpada elétrica, irritou muito os acendedores de lampiões e os fornecedores de óleo combustível para iluminação urbana. Karl Benz, ao inventar o carro, irritou muito os carroceiros. A televisão irritou os radialistas; o computador, os datilógrafos; o WhatsApp irrita as telefônicas; a Tesla, os petroleiros; a NetFlix, as emissoras de TV e os distribuidores de filmes; o Uber, os taxistas; o Airbnb, a indústria hoteleira, e assim por diante. Isso nos ensina que não vai adiantar muito ser contra. As inovações e todas as ofertas da tecnologia estão chegando cada vez mais rápido e instalando-se independente da irritação de alguns segmentos sociais. Essa é a dinâmica do futuro.

Isso tudo altera a forma como a humanidade se expressa e se relaciona no mundo, o que nos remete ao modo como a sociedade está se relacionando com seus próprios valores.

ENTÃO, VAMOS AO SEGUNDO EIXO.

A Sociedade do Espetáculo, texto magnífico do marxista Guy Debord, publicado originalmente em 1967 e a Civilização do Espetáculo, livro de 2012 do inquieto Mario Vargas Lhosa, cada um a seu estilo, trazem uma reflexão inquietante que, a meu ver, busca encontrar respostas ao apequenamento e à volatilização da cultura e da filosofia do mundo tecnologicamente veloz e relacionalmente distante. Esse mundo, chamado de líquido por Zygmunt Baumann (ele não gostava da expressão pós-modernidade), funda-se na visão da pós-verdade denunciada pela inteligência relacional. Tudo é possível, mas nada tende a ser coletivo. É a solidão em meio à multidão, como apresentado no livro de Martin Heidegger, Todos Nós… Ninguém. Talvez por isso a depressão será (se já não é), a doença do século.

O pano de fundo desse modelo, fundado na tecnologização da vida, nos expõe à sua natureza insólita. Desde as despretensiosas, mas acaloradas “conversas de boteco”, até as herméticas discussões da academia, a proposição de um futuro mágico cheio de robôs, chips, algoritmos e autômatos nos arma uma arapuca aventureira do tipo “como era gostoso meu francês”, filme de Nelson Pereira dos Santos (1971).

Os tempos atuais são mais de superficialidades e provocações desmedidas, fomentadas por controladores dos mercados culturais, do que de reflexões verdadeiras que nos coloquem na senda de um mundo mais denso, embora rápido, sem perder a leveza do ser como queria Milan Kundera. Nesse mundo de cibernéticos, toma-se a imagem pela realidade, a verdade incômoda pela interpretação conveniente que não nos faz refletir, os relacionamentos efêmeros pela “honestidade” relacional. Não precisamos nos melhorar porque o culpado é sempre o outro e, na pior das hipóteses, a fila anda. Os aplicativos e as facilidades eletrônicas estão famintos pela vida dos (ainda) “não aplicativos” porque sua sina não é fazer o mundo melhor, mas “automatizar” o mundo todo. Nesse mundo automático, não existe forma mais eficaz de entreter e divertir do que alimentar as paixões simplórias dos mortais, figuras resultantes de uma sociedade que aprendeu a consumir rápido e a descartar tudo. Assim, a catástrofe ameniza os dramas cotidianos. Tudo, desde terremotos a assassinatos em série, principalmente se neles houver agravantes de sadismos e perversões, é alimento para os consumidores pós-verdade, que descaracterizam a nobreza do humano pelo fato de que nada mais pode ser visto como estável. Sobre isso recomendo Jean-Pierre Dupuy, quando escreve sobre René Gerard no livro O Tempo das Catástrofes; belíssima reflexão sobre “quando o impossível é uma certeza”.

Nesse cenário, cabe a filosofia orientar e esclarecer as pessoas sobre o que elas estão consumindo sob o rótulo de cultura para lhes facultar não perder a consciência de que são seres humanos. A falta dessa consciência nos torna obsessivos por nós mesmos, fazendo com que o mito de narciso seja reinstalado no cotidiano de nossas ações sem que nos apercebamos para onde elas nos levarão. O orgulho narcisista promove a arrogância de pessoas que menosprezam tudo, menos a si mesmos. A isso, a sábia vingança dos deuses foi permitir a Narciso “beber de seu próprio veneno”. Apaixonado por si mesmo, definha-se na autocontemplação. Será esse nosso destino e futuro?

Mas, os desafios da filosofia prosseguem. Uma coisa é acreditar que todas as expressões culturais merecem consideração; outra é acreditar que são equivalentes. As perspectivas futuras da sociedade da tecnologia, nos apresenta uma filosofia que nos faz entender o tanto que a cultura atual prima pela ilusão e efemeridades levando os incautos do consumismo descartável ao destino decadente de uma sociedade superficial. Vale ressaltar que cultura não tem nada a ver com quantidade, e sim com a qualidade do que se escolhe como “alimento” da vida. O mundo dos robôs ri da desgraça, do exagero trágico, da vida fácil e da monetarização da catástrofe, contanto que tudo isso seja transformado em espetáculo comercial, conforme preconiza Lhosa.

Mas a reflexão filosófica sobre o futuro vai mais longe. Assume que a cultura pode ser experimentação, reflexão, pensamento e sonho, paixão e poesia. Mas entende que a revisão crítica, profunda e constante de todas as certezas e convicções, teorias e crenças, deve nos afastar dos lugares-comuns, do artifício, do sofisma e da desintegração do ser; mas não pode nos afastar da vida real, da vida verdadeira, da vida vivida em seus dramas e comédias que sustentam o ser humano em sua honesta busca de si mesmo, conforme queriam os pré-socráticos.

A filosofia denuncia, “realidade real” já não existe, foi subjugada pela “realidade virtual”, criada pelas imagens publicitárias, pelos meios de comunicação e pela possibilidade de se projetar no mundo fantástico das redes sociais. O ilusionismo, como a melhor versão do nosso tempo, ocupa o lugar daquilo que se é entendida como realidade histórica, conhecimento objetivo do desenvolvimento pessoal e social. Nada mais pode ser verdadeiro. Tudo nasce minado em sua natureza ontológica por um vírus dissolvente que é a projeção imagética e manipulada dos interesses dominantes. O resultado é uma humanidade domesticada pela fantasia midiática dentro da qual nascemos, vivemos e morreremos(?). Tudo, em nome do tempo real, é produzido, editado, colorido, encenado com sinfonias que dão o clima ao evento, entremeados por manhãs de famílias “felizes” porque consomem determinada margarina. A beleza estética e o gosto artístico, defendidos por Platão, e que esculpem as relações saudáveis entre os diferentes seres, é formatado por um modelo pasteurizado que tira de nós qualquer perspectiva crítica que promova uma melhoria real no ser humano e na sociedade contemporânea; são as dimensões do mercado. Os frutos estão aí, na denúncia de uma sociedade pós-moderna que desarmou estética, moral e politicamente a cultura do nosso tempo. O resultado disto, logicamente, é a alienação psicológica, um estado mental restritivo e confuso, imediatista e irascível, individualista, ainda que circunscrito pela multidão.

Tal movimento é belamente denunciado num livro de Vitor Santiago Borges, Zumbilândia (2018), que tive o prazer e a honra de prefaciar. Nele, o mito e a mentalidade patológica dos nossos dias são escancarados ao leitor honesto. Santiago provoca a reflexão quando afirma que a popularidade e o sucesso, nesse mundo onde os zumbis fazem sucesso, são conquistados não tanto pela inteligência e pela probidade quanto pela demagogia e pelo talento histriônico. Assim, ocorre o curioso paradoxo de que, enquanto nas sociedades autoritárias é a política que corrompe e degrada a cultura, nas sociedades ditas de futuro, é a cultura (ou aquilo que se chama por cultura) que corrompe e degrada as pessoas. Essa tese é aprofundada por Aldo Carotenuto, quando escreve sobre As Novas Doenças da Alma. Ali, ele sugere, que nos tempos atuais o que é oferecido para o consumo da alma é exatamente aquilo que a alma humana, por sua natureza, despreza, mas que pela força da universalização de tudo, acaba-se consumindo e adoecendo novas doenças: síndrome do pânico, depressão, solidão e outros dramas de mesma etiologia fazem parte desse diagnóstico. Vê-se o entendimento de que, no passado, a cultura foi a melhor forma de chamar a atenção da humanidade para os problemas da própria humanidade; agora, ela tem se tornado um mecanismo para nos fazer ignorar tais problemas e nos manter numa relação pasteurizada para tudo. Estamos no fim do mundo? Certamente não, mas estamos no fim de um mundo.

Será que nossa geração saberá lidar com todo esse cenário? Como poderemos capacitar aqueles que nos sucederão, para que a vida retome a reflexão profunda sobre as nossas relações com as pessoas e as coisas, de modo que a esperança, ao invés de ser a última que morre, torne-se a primeira a (re)nascer? Essas são questões nutritivas que a filosofia dos dias atuais procura discutir para fazer com que a humanidade no afã de ser “moderna” não perca seu principal valor que é “ser humana”.

Se você quiser aprofundar-se mais nessas questões, sugiro que leia quatro livros: “Incansáveis”, de Maurício Benvenutti; “Sapiens” e “Homo Deus”, de Yuvah Noah Harari; e, “Origem”, de Dan Brown. Esses livros são realmente inspiradores e não são ficção científica. São, na verdade, relatos do que está ocorrendo no mundo.

Reflitam em paz!
Homero Reis
Brasília, 12/07/18

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