A ESCUTA ATIVA E SEUS REFLEXOS NOS RELACIONAMENTOS

Sempre que penso sobre a força dos relacionamentos humanos, volto ao poder de uma atitude aparentemente simples, mas profundamente transformadora: a escuta ativa. Escutar o outro é mais do que captar palavras; é entrar em sintonia com sua experiência, acolher suas emoções, perceber seus silêncios. É um gesto que, na superfície, pode parecer óbvio, mas que, em sua profundidade, revela-se como um dos pilares da convivência ética, da inteligência relacional e da gestão de vínculos duradouros.

Falo na primeira pessoa porque esse tema não é teórico, é visceral. Tenho experimentado, em minha vida e em minha prática profissional, os efeitos da escuta ativa como ferramenta de transformação individual e coletiva. Sinto que, quando escuto ativamente, eu não apenas compreendo o outro; eu me deixo tocar por ele. Isso me lembra Martin Buber, filósofo do diálogo, que dizia que o encontro autêntico se dá quando nos dispomos ao “Eu-Tu”, e não ao “Eu-Isso”. Na escuta ativa, coloco o outro no centro da relação, não como objeto de análise, mas como sujeito de dignidade.

A psicologia humanista, especialmente na obra de Carl Rogers, nos lembra que a escuta ativa é condição essencial para que o outro possa florescer. Rogers falava da “consideração positiva incondicional” como abertura para que o outro se revele sem medo de julgamento. Eu me identifico profundamente com isso. Quando escuto ativamente, sinto que ofereço ao outro uma espécie de solo fértil, onde sua palavra pode brotar sem ser arrancada ou sufocada. Por outro lado, quando percebo que alguém é capaz de escutar o outro, as distâncias se encurtam, o diálogo floresce, as soluções são encontradas, os acordos são feitos e os resultados desejados aparecem com mais vigor e perenidade.

Escutar não é apenas de uma técnica de comunicação. A escuta ativa é, para mim, uma postura existencial. É decidir estar presente no aqui e agora, com atenção plena, com empatia e respeito. É a antítese do automatismo que marca tantas conversas cotidianas, onde falamos mais para responder do que para compreender.

O filósofo Hans-Georg Gadamer, em sua hermenêutica, dizia que compreender é sempre um processo de fusão de horizontes. Essa fusão só acontece se eu estiver disposto a sair de meu próprio horizonte para me abrir ao do outro. A escuta ativa é justamente esse movimento de deslocamento: eu amplio meus limites para que o horizonte do outro encontre espaço em mim.

Muitas vezes, penso que escutar ativamente é como abrir as janelas de uma casa que há muito tempo está fechada. O ar novo entra, a luz se espalha, e eu descubro que havia cantos esquecidos. Assim também é na relação: a escuta areja, renova, expande.

Mas, por que temos tanta dificuldade em escutar o outro ou os outros? Escutar os outros deveria ser um gesto natural, mas na prática é um dos atos mais difíceis que realizamos. Muitas vezes carregamos conosco a ilusão de que estamos escutando, quando na verdade apenas esperamos a pausa alheia para introduzir a nossa própria fala. Esse comportamento nasce de diferentes causas. Uma delas é o ego inflado, que não aceita ser deslocado do centro da cena. O desejo de protagonismo nos leva a disputar espaço em cada conversa, como se o diálogo fosse uma arena em que importa mais vencer do que compreender.

Há também a influência da ansiedade e da pressa que marcam nossa época. Vivemos em um ritmo que não tolera o silêncio e que exige respostas rápidas. Escutar, no entanto, exige tempo, paciência e disposição para permanecer diante da palavra do outro sem antecipar conclusões. Muitas vezes a pressa nos leva a interromper frases, a completar pensamentos alheios, a reduzir a complexidade do que está sendo dito apenas para que possamos voltar a falar.

Outro fator relevante é a ausência de uma cultura de escuta. Desde a infância somos ensinados a falar, argumentar, defender ideias, apresentar trabalhos. A oratória é valorizada, mas a escuta raramente é cultivada como habilidade essencial. Crescemos em ambientes em que escutar não é sinal de maturidade, mas de passividade, como se o silêncio fosse sinônimo de submissão. Assim, não aprendemos a sustentar com dignidade o lugar de receptores da palavra alheia.

 Há ainda o medo de se deixar afetar. Escutar verdadeiramente é perigoso, porque nos coloca diante da dor, da diferença e da vulnerabilidade do outro. Quem escuta com profundidade pode ser transformado, pode ter de rever certezas, pode perceber fissuras em suas próprias convicções. Muitos evitam a escuta justamente para não enfrentar esse espelho. É mais seguro manter-se na bolha das próprias opiniões do que permitir que a alteridade nos desestabilize.

Além disso, cada um carrega consigo uma multidão de ruídos internos. Preocupações, preconceitos, julgamentos e ansiedades funcionam como filtros que distorcem ou abafam o que o outro diz. Mesmo presentes fisicamente em uma conversa, às vezes estamos ausentes por dentro, mergulhados em nossas vozes internas. Essa sobreposição de pensamentos nos impede de receber plenamente a mensagem alheia.

O contexto também interfere. Em ambientes hierárquicos ou tóxicos, escutar é visto como fraqueza. Quem detém poder sente que precisa falar para manter sua autoridade, enquanto quem ocupa posições subordinadas acredita que não será escutado de qualquer forma. A estrutura da organização inibe a prática da escuta e reforça a lógica do monólogo.

As consequências dessa dificuldade são muitas e profundas. A primeira delas é o empobrecimento das relações. Sem escuta, os vínculos se tornam superficiais, reduzidos a trocas utilitárias. Pessoas convivem lado a lado, mas não se encontram de verdade. Cada uma vive em seu universo particular, sem ponte com o mundo interno do outro.

Outra consequência frequente é o aumento dos conflitos. Muitas divergências não nascem de grandes diferenças, mas de pequenos mal-entendidos que poderiam ser evitados se houvesse uma escuta atenta. Quando não escutamos, interpretamos mal, alimentamos suposições e reforçamos ressentimentos. O diálogo se rompe e o que poderia ser uma diferença criativa se converte em disputa hostil.

A falta de escuta também gera isolamento emocional. Aquele que nunca é escutado tende a se retrair, a acreditar que sua voz não importa, que sua existência não é reconhecida. Esse silêncio imposto pelo desinteresse do outro é uma das formas mais cruéis de solidão. Ser ignorado mina a autoestima e enfraquece a confiança básica de que valemos a pena.

Nas organizações, a ausência de escuta corrói a confiança. Uma liderança que não escuta sua equipe perde credibilidade. As pessoas deixam de se engajar, escondem problemas, evitam trazer ideias. Em contextos mais amplos, como no espaço social ou político, instituições que não escutam seus públicos tornam-se irrelevantes, incapazes de dialogar com as transformações do tempo.

Também há um impacto direto na capacidade de inovar. Quando não escutamos clientes, colaboradores, familiares ou parceiros, deixamos escapar sinais importantes do ambiente. Ficamos presos em nossas próprias narrativas, repetindo padrões, sem perceber oportunidades de mudança. A escuta ativa, ao contrário, é fonte de adaptação e de criação, porque revela perspectivas que sozinhos jamais alcançaríamos.

Talvez a consequência mais profunda, no entanto, seja o empobrecimento humano. Quem não escuta fecha-se em suas certezas, priva-se da riqueza do outro, perde a oportunidade de aprender e de crescer. A escuta é uma via de mão dupla: ao mesmo tempo em que acolhe, também ensina. Negar-se a escutar é recusar-se à transformação que todo encontro humano traz.

No fundo, a dificuldade em escutar revela o medo de deixar o outro existir em nós. É como se houvesse receio de que a palavra alheia ocupe espaço demais, ou que sua dor se infiltre em nossas frestas. Mas quando não escutamos, pagamos caro: relações frágeis, conflitos recorrentes, isolamento, falta de confiança e estagnação. Aprender a escutar, portanto, não é apenas um gesto de bondade, mas um imperativo de sobrevivência relacional. É nesse exercício que se decide a qualidade das nossas conexões e, em última instância, a qualidade da nossa própria humanidade.

Quando penso em gestão de relacionamentos, seja no âmbito pessoal, profissional ou institucional, vejo que a escuta ativa é um divisor de águas. Empresas, famílias, comunidades, todas são atravessadas pela qualidade de suas conversas. E é pela escuta que construímos confiança.

Confiança não nasce de palavras bonitas, mas da experiência reiterada de ser escutado e respeitado. Quando uma equipe percebe que sua liderança escuta genuinamente, abre-se um campo de reciprocidade. As pessoas sentem-se autorizadas a trazer suas inquietações, suas ideias, suas vulnerabilidades. E é nesse espaço que surge a inovação, a coesão e a corresponsabilidade.

Lembro-me de Anthony Giddens, sociólogo, que fala da reflexividade da vida moderna: vivemos em um mundo onde precisamos constantemente justificar nossas ações e decisões diante dos outros. Nesse contexto, a escuta ativa não é luxo, mas necessidade. Só por meio dela conseguimos sustentar relações transparentes e evitar que a comunicação se torne apenas formalidade vazia.

Na prática da Inteligência Relacional, percebo que escutar é um dos modos mais potentes de cuidar. Escutar não é passividade, é ato ativo de sustentação do vínculo. Quando escuto, assumo responsabilidade compartilhada: reconheço que o outro existe, que tem voz, que sua narrativa é tão legítima quanto a minha. Isso cria um pacto silencioso de dignidade.

A psicologia contemporânea reforça o impacto da escuta ativa no bem-estar emocional. Estudos da psicologia positiva apontam que ser escutado é uma das experiências mais gratificantes que alguém pode ter. O simples ato de narrar uma dificuldade, e perceber que o outro realmente escutou, já diminui a carga de estresse, amplia a resiliência e fortalece a autoestima.

Também na terapia cognitivo-comportamental, percebe-se que a qualidade da escuta do terapeuta é decisiva para que o paciente consiga reestruturar suas crenças. Sem escuta, não há espaço para a reorganização da narrativa pessoal. E mesmo em contextos de mediação de conflitos, a escuta ativa se revela essencial: é quando as partes se sentem ouvidas que se abre a possibilidade de diálogo e resolução.

Na minha vivência, como conselheiro corporativo, mentor e psicanalista, noto como muitas vezes as pessoas não pedem soluções, mas apenas espaço para serem escutadas. A escuta, nesses casos, já é terapêutica. É como se o simples fato de alguém sustentar meu discurso com atenção amorosa já fosse suficiente para que eu me reorganize por dentro.

Penso, por exemplo, em reuniões de trabalho onde alguém propõe algum tema difícil, ou abre uma conversa delicada, traz um tema controverso ou aponta uma dificuldade. Muitas vezes, ele não busca um manual pronto de respostas. Busca reconhecimento. Busca sentir-se visto. Quando escuto sem interromper, sem apressar, percebo que sua própria fala já contém as sementes da solução.

Do ponto de vista filosófico, escutar ativamente é um exercício ético. Emmanuel Lévinas fala da alteridade (qualidade do que é diferente e a capacidade de se colocar no lugar do outro), como fundamento da ética: é o rosto do outro que me convoca à responsabilidade. Escutar é atender a esse chamado. É reconhecer que minha liberdade encontra limite no direito do outro de existir plenamente.

Essa dimensão ética da escuta ativa é crucial na gestão de relacionamentos. Pois gerir não é manipular, é cuidar. Não é impor, é dialogar. Não é apenas conduzir pessoas para metas, mas criar ambientes em que a dignidade seja preservada. E a dignidade começa pelo reconhecimento da voz.

 Quando escuto, ergo uma ponte entre o eu e o outro. Uma ponte que não apaga diferenças, mas que as torna fecundas. Escutar é aceitar que a diversidade não é ameaça, mas riqueza. É por isso que digo: a escuta ativa é uma política da convivência inteligente.

Na sociologia, autores como Jürgen Habermas destacam a centralidade da comunicação para a vida democrática. Habermas fala da “ação comunicativa” como horizonte de uma sociedade baseada na razão dialógica. A escuta ativa é a expressão prática desse ideal: sem escuta, não há deliberação democrática, não há comunidade viva, não há coesão social.

Se ampliarmos isso para sistemas complexos (famílias etc.), e organizações corporativas e sociais, percebemos que onde não há escuta de membros, sócios, colaboradores ou clientes, as relações tornam-se frágeis, autorreferenciais, incapazes de se adaptar. Se não há escuta entre os líderes e diretores, a situação fica mais complexa ainda; torna-se “cabo de guerra”, onde os interesses individuais sobrepõem-se às demandas ou necessidades coletivas.  Já aquelas que cultivam uma escuta permanente constroem resiliência, porque captam sinais, ajustam rumos e mantêm vínculos de confiança.

Eu vejo que, em tempos de excesso de informação, a escuta ativa se torna estrategicamente necessária. Recebemos e construímos mensagens e estímulos intensos e constantemente, mas nem sempre nos sentimos escutados. Escutar, nesse cenário, é contracultural: é resistir à lógica da pressa, da resposta imediata, da superficialidade.

Na minha trajetória, percebo que a escuta ativa é também um exercício de autoconhecimento. Para escutar o outro, preciso primeiro calar minhas próprias vozes internas. Preciso aquietar meu julgamento, minha ansiedade de resposta, minha ânsia de controle. Escutar é aprender a esperar.

Essa espera, por vezes desconfortável, é também fecunda. Ela me ensina a paciência, a humildade e a coragem de não ter todas as respostas. Aprendo que escutar é um ato de fé: acreditar que o outro tem algo a dizer que pode me enriquecer, mesmo quando não concordo.

Além disso, a escuta ativa me conecta ao sentido da reciprocidade. Quando sou escutado, sinto-me valorizado; e quando escuto, valorizo o outro. É nesse movimento de troca que se edifica a confiança.

Na gestão de equipes ou de grupos, a escuta ativa se traduz em liderança mais humana e eficaz. Líderes que escutam conseguem captar as nuances do ambiente, identificar conflitos latentes, reconhecer talentos ocultos. Mais ainda: líderes que escutam tornam-se referenciais de confiança.

Eu mesmo, em experiências profissionais, já vi equipes e grupos se desestruturarem por ausência de escuta. Palavras ditas em vão, reuniões em que ninguém se sentia escutado, decisões tomadas unilateralmente. O resultado era desmotivação, distanciamento, perda de energia, além de brigas e discussões sem sentido.

Por outro lado, já presenciei transformações impressionantes quando a escuta foi cultivada. Ambientes tensos se tornaram mais leves, rivalidades foram administradas, histórias entendidas, pessoas antes retraídas passaram a contribuir, soluções criativas emergiram do simples fato de alguém ter se sentido escutado.

É curioso notar como a escuta ativa também é motor de inovação. Muitas vezes, pensamos que inovar é apenas criar algo inédito. Mas, na prática, inovar é perceber de modo novo aquilo que já existe. E isso só é possível se escutamos com atenção.

Escutar clientes, escutar diferentes, por exemplo, é fonte inesgotável de insights. Escutar colaboradores revela potenciais ainda não explorados. Escutar parceiros abre portas para colaborações inéditas.

Na era digital, em que tanto se fala de big data e inteligência artificial, acredito que a escuta humana, genuína, continua sendo insubstituível. Pois não há algoritmo que capture o silêncio carregado de sentido, ou o tremor da voz que revela vulnerabilidade.

Desafios da escuta ativa:

Não romantizo a escuta ativa. Sei que ela exige disciplina, presença e, muitas vezes, coragem. Escutar pode ser doloroso, porque o que o outro diz nem sempre é o que eu gostaria de escutar. Pode ser frustrante, porque demanda tempo em um mundo acelerado. Pode ser desafiador, porque me confronta com minhas próprias limitações.

Mas é justamente nesses desafios que reside sua potência. Ao escutar, coloco-me em posição de vulnerabilidade: reconheço que não controlo tudo, que dependo do outro para compreender melhor a realidade. Esse reconhecimento é libertador.

Gosto de pensar a escuta ativa como uma arte. Uma arte relacional, que mistura técnica, sensibilidade e ética. Uma arte que se aprende praticando, errando, recomeçando. Uma arte que nunca se esgota, porque cada encontro é único.

Na prática, escutar ativamente é como afinar um instrumento musical. Preciso ajustar minhas cordas internas (atenção, paciência, empatia), para que a melodia do encontro soe harmônica. E, quando isso acontece, sinto que o relacionamento ganha nova densidade.

Lembro-me de uma situação concreta em que um gestor empresarial enfrentava altos índices de rotatividade em sua equipe. Havia tentado aumentar salários, criar bônus, melhorar a infraestrutura. Nada parecia resolver. Quando nos sentamos para refletir, percebemos que o problema era simples, mas profundo: os colaboradores não se sentiam escutados.

Iniciamos então um processo de encontros de escuta ativa. Em vez de reuniões apenas para repassar tarefas, criamos espaços para que cada voz fosse ouvida. Aos poucos, o clima organizacional mudou. O índice de rotatividade caiu, e os próprios funcionários relataram sentir-se mais motivados.

Outro caso, em contexto comunitário, envolveu um grupo em conflito por diferenças religiosas. A tensão era tão grande que já não havia diálogo. Foi pela escuta ativa, mediada com paciência, que surgiram narrativas comuns: todos, no fundo, desejavam segurança para seus filhos, dignidade em suas vidas e respeito às suas crenças. Essa descoberta partilhada foi possível apenas porque alguém decidiu escutar. Esses exemplos me confirmam: a escuta ativa não é retórica. É prática concreta de transformação.

Vivemos hoje em um ambiente em que a comunicação é acelerada por plataformas digitais. Mas, paradoxalmente, a escuta verdadeira parece cada vez mais rara. Nos aplicativos de mensagem, respondemos sem ler com atenção; nas redes sociais, interagimos apenas com fragmentos.

Acredito que a escuta ativa precisa se reinventar nesse cenário. Precisa incluir pausas, feedbacks mais conscientes, tempos de silêncio mesmo em ambientes virtuais. Quando escrevo uma mensagem e recebo uma resposta que mostra que o outro realmente entendeu, sinto o mesmo alívio que numa conversa presencial.

Na gestão de relacionamentos digitais, a escuta ativa é antídoto contra a superficialidade. É ela que distingue um atendimento robótico de uma relação humanizada.

Para resumir tudo o que disse, eu afirmo: a escuta ativa é um caminho de humanização. É ela que dá corpo ao amor como força criadora, que sustenta o dever como pacto de reciprocidade, que transforma o medo em guardião da vida, que orienta a ira para a defesa da dignidade.

Na gestão de relacionamentos, a escuta ativa é o que impede a fragmentação e favorece a integração. É o que transforma grupos em comunidades, equipes em coletivos criativos, organizações em organismos vivos.

Escutar, no fim das contas, é uma escolha. Uma escolha por estar presente, por reconhecer o outro, por apostar no diálogo. É um ato de fé na palavra e no silêncio, na vulnerabilidade e na força, na singularidade e na interdependência.

Assim, sigo aprendendo a escutar. E cada vez que escuto, renovo minha convicção de que não há inteligência mais poderosa do que a relacional. Pois é ela que nos lembra, sempre, que ninguém se humaniza sozinho.

 

Pense e reflita sobre isso.

 

HomeroReis.

Curitiba, PR, setembro/25

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